Artrite Reumatóide: Impacto da Dor Social

"Existe vida após a AR", tudo que fazíamos antes da AR, podemos fazer agora, só que de uma forma diferente. Enquanto houver alegria em meu coração, força e vontade de viver, a Dor da AR não me levará a tristeza. Acredite, Dor Compartilhada é Dor Diminuída, compartilhe a sua dor e saiba o quanto nos faz bem falar com gente como a gente. Aqui tem um pouco da minha história e muito de mim, deixe um pouco de você através dos comentários.(todos os comentários são respondidos)

A doença chega a nossas vidas derrepente e nos apresenta limitações e dificuldades até então desconhecidas. Passamos a viver uma vida de por quês?. Ansiedades, medos, inseguranças passam a fazer parte de nossos dias. Porém a vida não termina aqui, começa uma nova vida, onde temos que rever nossos conceitos, procurando adaptar toda uma vida, costumes, rotinas diárias e enfrentamos uma sociedade que preconceituosa, ainda rotula as doenças reumáticas como “doença de velho”, o que não é verdade. As doenças reumáticas estão presentes em todas as faixas etárias e por acreditar que Dor Compartilhada é Dor Diminuída, eu criei este blog em agosto/2007.

A missão deste blog é compartilhar experiências, divulgar informações e lutar pela melhoria da “qualidade de vida do doente reumático no Brasil”.

Unidos na missão de dizer ao mundo que somos artríticos sim + que estamos vivos, temos sonhos e acreditamos que um dia a tão sonhada “estabilização da doença” irá chegar e se prepare “mundo” somos pessoas com doenças reumáticas, com necessidades especiais e somos diferentes em nossas características + somos normais, amamos, choramos, podemos ter família, trabalhar, formar carreira, tudo, podemos todas as coisas sempre “respeitando nossos limites”

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Impacto da Dor Social


Quando temos uma doença que nos acompanha pra sempre, muita coisa muda em nossa vida, vivemos momentos que jamais imaginamos viver.
O primeiro grande impacto da doença é a auto-aceitação, depois de muita luta interna, começamos a descobrir o caminho da aceitação, de nos aceitar, de buscar compreender a doença e conviver com a dor. O momento de aceitação é algo tão inexplicável que quando estamos vivendo, nós mesmos, não percebemos este  momento, de repente nos damos conta, que passou, simplesmente: nos aceitamos ou nos revoltamos, eu escolhi o caminho da aceitação.
        Mas algo que dói muito é a descrença das pessoas, a desconfiança, ignorância e o preconceito. Muitas vezes associam a nossa doença com a famosa “frescura”, outros nos rotulam por “coitadinhos”, “doentes” ou satirizam em tom de ironia a nossa “situação de pessoa com a doença” ou de pessoa com a deficiência.
A dor da falta de compreensão, ignorância e preconceito, é uma dor que não passa com codeína, tramadol, morfina: é uma dor que marca na alma. No meu conceito essa é a dor mais impactante, é a dor que nos mostra quem são as pessoas, que considerávamos ser nossos amigos, pessoas que sempre fizemos tudo por elas,  e quando precisamos se voltam a nós, satirizando a nossa condição. Essa dor é uma dor pra sempre, uma dor que nada é capaz de amenizar. Defino essa dor por  “Dor Social”.
Muitas vezes, não é a dor da Artrite que nos leva a depressão, mas sim a “Dor Social”, pois nos deixa indignados, nos faz se sentir rejeitados, pela falta de amor ao próximo, existem pessoas que falam da doença dos outros, como se fossem uma rocha inabalável, satirizam a nossa doença, como se tivessem certezas que nunca vão ficar doentes.
Eu aprendi que não devemos jogar “praga” em ninguém, mas aprendi também, que tudo aquilo que plantamos nessa vida vamos colher, sempre peço a Deus que não deixe essas pessoas, doentes de alma, saberem o que é a Dor da AR, a sentirem o impacto de mudança que a AR tem sobre nossas vidas.
Tudo que queremos da sociedade, família e amigos, é algo tão simples, muito simples de verdade. “Ser respeitados nas nossas limitações, compreendidos na nossa dor, respeitados na nossa dor”.
Somos capazes de curar os nossos sentimentos, de entendermos a nós mesmos, mas infelizmente não temos a capacidade de curar os sentimentos das pessoas ao nosso redor.
 A cura da AR é algo que pode demorar para chegar, mas a cura da “Dor Social” é algo que juntos, unidos, podemos acabar com ela, criando ambientes mais saudáveis para o convívio social.
Se satirizam a sua doença, seu estado de pessoa com a doença, essa pessoa não é digna de nossas lágrimas, nem tampoco dignas de estar perto da gente, infelizmente as palavras que ouvimos ficam marcadas em nós, como um fantasminha que ficam falando dentro da nossa cabeça noite e dia, “doentinha, deficiente, Maria das Dores”, palavras de impacto ficam dentro da nossa cabeça por dias seguidos, por mais que choramos essas palavras não se vão junto com nossas lágrimas.    
A incompreensão e rejeição (não aceitação da nossa doença por outras pessoas) faz parte da vida, o difícil é viver a dor social que, para mim, tem um impacto tão profundo, é como se quebrasse um osso do nosso dedo que dói de AR.
A Dor Social pra mim é a pior dor que a gente só conhece depois da doença, mas, a Dor Social tem uma coisa boa: ela serve de espelho revelador, ela mostra quem são as pessoas que nos amam e as pessoas que nos usavam enquanto éramos conveniente. Hoje, 5 anos depois da AR, posso dizer quem são meus amigos, quem me ama de fato e com quem posso contar.

E assim, vamos criando os trilhos da vida, de uma pessoa que tem dor.
Matando um Leão, por dia!

Fonte: Minha Coluna RecomeçAR no Portal Reumatoguia